O governo do Equador informou que o presidente Daniel Noboa foi alvo de uma tentativa de assassinato nesta terça-feira (7), quando sua comitiva foi atacada durante deslocamento oficial na província de Cañar. Segundo as autoridades, Noboa não se feriu e passa bem.
De acordo com a ministra de Energia, Inés María Manzano, cerca de 500 pessoas cercaram a comitiva presidencial e atiraram pedras, deixando marcas de bala nos veículos. A ação resultou na prisão de cinco pessoas, que serão processadas por terrorismo e tentativa de homicídio, conforme nota divulgada pela Presidência.
“Seguindo ordens de radicalização, eles atacaram uma comitiva presidencial que transportava civis. Tentaram impedir à força a execução de um projeto que visava melhorar a vida de uma comunidade”, afirmou o governo equatoriano em publicação na rede X (antigo Twitter).
No momento do ataque, o presidente se dirigia a um evento para anunciar a construção de uma estação de tratamento de água, avaliada em US$ 4,5 milhões (cerca de R$ 24 milhões), que beneficiará 26 mil moradores da região.
Também estavam previstas a entrega do sistema de esgoto de Sigsihuayco, no valor de US$ 891 mil (aproximadamente R$ 4,7 milhões), e a assinatura de um acordo de financiamento para o sistema de esgoto de Quilloac, orçado em US$ 815 mil (cerca de R$ 4,3 milhões).
A pesar del ataque de un grupo a la caravana presidencial en Cañar, que se dirigía a anunciar la construcción de la planta de tratamiento en la provincia por USD 4.5 millones que beneficiará a 26.000 habitantes, a entregar el sistema de alcantarillado de Sigsihuayco de USD… pic.twitter.com/VJQIymtjwf
— Presidencia Ecuador 🇪🇨 (@Presidencia_Ec) October 7, 2025
O incidente ocorre em meio a uma grave crise política e social no Equador. O país enfrenta protestos e bloqueios de estradas há mais de 16 dias, motivados pela decisão do governo de encerrar o subsídio aos combustíveis.
A situação levou à decretação de estado de exceção em várias províncias, com reforço das forças de segurança em regiões estratégicas. O governo de Noboa, eleito em 2023, tem enfrentado resistência de setores sociais e sindicais que acusam o presidente de adotar medidas que penalizam a população mais pobre.
Apesar da tensão, Daniel Noboa continua à frente de sua agenda e, segundo o Palácio Presidencial, seguirá com as inaugurações programadas nos próximos dias “com segurança reforçada”.