O ano era 2001. A internet ainda engatinhava no Brasil, redes sociais não existiam e mandar um SMS era uma revolução na comunicação. Nesse cenário, chegava ao mercado nacional o Nokia 3310, um dos celulares mais marcantes da história.
Conhecido pela durabilidade e simplicidade, o modelo logo ganhou o apelido carinhoso de “tijolão”. Apesar de limitado se comparado aos padrões atuais, ele era desejado por muitos e acessível a poucos.
Preço do passado, impacto no presente
Na época do lançamento, o Nokia 3310 custava cerca de R$ 400. Pode parecer pouco hoje, mas representava o dobro do salário mínimo da época, que era R$ 200. Para adquiri-lo, era preciso trabalhar cerca de dois meses.
Ajustando para a realidade de 2025, com o salário mínimo fixado em R$ 1.518, o valor estimado do mesmo aparelho – seguindo a lógica de proporção salarial – chegaria a R$ 3.036. Um custo considerado elevado para um modelo com funções básicas.
Muito além de um celular simples
O Nokia 3310 trazia uma tela monocromática de 1,5 polegada, resolução de 84 x 48 pixels, teclado numérico com sistema T9 e uma bateria de 900 mAh, capaz de durar mais de 10 dias longe da tomada.
Além disso, vinha com quatro jogos embutidos – entre eles o inesquecível Snake II, também conhecido como o jogo da cobrinha. O celular não tinha câmera, nem conexão com internet. Era um aparelho feito para chamadas, mensagens e diversão simples.
Um ícone da cultura mobile
Mais do que um item tecnológico, o Nokia 3310 virou um símbolo da virada do milênio. Representava o início da popularização dos celulares no Brasil, num tempo em que portabilidade e resistência eram os maiores diferenciais.
Hoje, relembrá-lo é também refletir sobre a evolução dos aparelhos móveis e sobre como o avanço tecnológico impactou diretamente o nosso cotidiano — inclusive no bolso.
