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43ª Festa da Apae de Brusque celebra 70 anos da instituição com sucesso de público

Evento reuniu famílias, voluntários e educandos em homenagem à trajetória da instituição pioneira

Fonte: Bárbara Sales/Ideia Comunicação

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A 43ª edição da Festa da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Brusque encerrou com sucesso de público e participação da comunidade. Realizado nos dias 12 e 13 de setembro, o evento antecedeu o aniversário de 70 anos da instituição e reuniu colaboradores, voluntários, educandos, familiares e a população em geral para celebrar a história pioneira da primeira Apae de Santa Catarina e segunda do Brasil.
“Há 43 anos a entidade se reúne e convida toda a sociedade de Brusque, que sempre nos atende e prestigia esse evento tão importante para a arrecadação e a continuidade das atividades da Apae”, destacou o presidente da instituição, Renato Roda.

Fundada em 14 de setembro de 1955 por Ruth e Carlos Moritz, que buscavam atendimento especializado para o filho Pierre -hoje com 80 anos -, a Apae de Brusque cresceu e logo se tornou referência no desenvolvimento das pessoas com deficiência na cidade. Atualmente, 324 usuários de diferentes faixas etárias recebem atendimento em sua sede, localizada no bairro Jardim Maluche. É nesse espaço que, anualmente, a comunidade é recebida para celebrar com a festa a trajetória da entidade.
“Só tenho a agradecer à comunidade, às pessoas que vêm prestigiar a festa, às que nos apoiam e sempre se mostram solidárias, porque sabem que é uma instituição séria, que trabalha para os educandos”, afirmou Maria Teresa Moritz Montibeller, vice-presidente da instituição e filha dos fundadores.
“Eu fico até emocionada. Desde criança estou envolvida com a Apae, acompanhando minha mãe e meu irmão, e é uma alegria ver que está frutificando. A cada ano conseguimos atender mais crianças da comunidade, com um trabalho muito bonito, que envolve muita gente”, completou.

Atrações

Na sexta-feira, o público pôde escolher entre risoto, churrasco e o famoso cachorro-quente com duas linguicinhas, além de se divertir com a roda da fortuna e a pescaria.
No sábado, a programação iniciou com um culto ecumênico celebrado pelo padre Anísio José Schwirkowski, diretor da Casa Padre Dehon, e pelo pastor Marcio Luiz Rodrigues, da Igreja Evangélica Assembleia de Deus.
“Foi um momento muito emocionante, em que nos reunimos para agradecer a Deus pelos dons recebidos e por mais um ano em que conseguimos atingir o objetivo: receber as pessoas com deficiência, tratá-las com amor e incluí-las na sociedade”, ressaltou o presidente da Apae.
Após o culto, todos os presentes cantaram parabéns em comemoração aos 70 anos da instituição. Em seguida, a comunidade se reuniu para aproveitar a festa com churrasco, cachorro-quente, bolo, roda da fortuna, pescaria e a exposição das peças confeccionadas pelo Clube de Mães.

Gratidão que se transforma em ajuda

A realização da festa só é possível graças ao envolvimento de inúmeros voluntários, muitos deles pais de usuários da Apae, que veem no evento uma forma de retribuir o trabalho desenvolvido pela instituição.
Vilson Felisberto dos Santos, pai do pequeno Guilherme, de quase 3 anos, é um desses voluntários. Há dois anos e quatro meses, o menino diagnosticado com autismo sindrômico frequenta a Apae.
“Ele vem às segundas e quartas-feiras. Desde o início percebemos a melhora. A equipe da Apae é sensacional, não tenho palavras para descrever, só agradecer”, disse. Neste ano, Vilson participou do pedágio e também ajudou na festa, auxiliando na roda da fortuna. “Vou ajudar sempre, se Deus quiser, pelo bem que a Apae está fazendo pela minha família”.

Outra voluntária é Débora Pereira Peixer, mãe de Francine, de 21 anos, diagnosticada na infância com a Síndrome de Angelman, um distúrbio neurogenético raro caracterizado por atraso no desenvolvimento, deficiência intelectual e dificuldades na fala.
“Minha filha frequenta a Apae desde os sete anos. No início eu não aceitava, não considerava que ela tivesse um problema, mas depois entendi a importância. Hoje, ela vem de segunda a quinta-feira. Quando não tem, sentimos falta. A Apae é uma segunda família”, contou.
Antes de frequentar a instituição, Francine foi acompanhada pela Clínica Uni Duni Tê, onde surpreendeu médicos e familiares ao dar seus primeiros passos. “Disseram que ela não ia andar nem falar. Ela não fala, se comunica por sinais, mas a primeira vez que andou foi lá. Eu e a professora gritamos tanto de alegria que todos acharam que estava acontecendo alguma coisa. Foi emocionante”, lembrou Débora.

Débora colabora com a Apae há muitos anos. Começou vendendo a rifa que era enviada para as famílias, depois, passou a ajudar a vender as rifas dos professores que não conheciam muita gente na cidade e, assim, foi se envolvendo cada vez mais. “Chegou um tempo que as pessoas já esperavam eu ir vender a rifa e não parei mais. Há uns três anos, comecei a vir vender aqui na festa e tem dado certo. Faça chuva, ou faça sol, estou aqui vendendo rifa”.

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