Um residente do condado de Coconino, no Arizona (EUA), morreu recentemente após contrair a peste pneumônica, uma infecção causada pela bactéria Yersinia pestis. O paciente buscou atendimento médico, mas não resistiu, mesmo após o início do tratamento e tentativas de reanimação.
Segundo o hospital Flagstaff Medical Center, testes iniciais já apontaram a presença da bactéria, o que foi confirmado por exames laboratoriais. Por respeito à família da vítima, não foram divulgadas informações adicionais, como a identidade do homem ou a data exata do óbito.
A mesma bactéria da “Grande Peste” da Idade Média
A Yersinia pestis foi responsável pela pandemia conhecida como “Grande Peste”, que matou milhões na Europa durante a Idade Média. Atualmente, a bactéria ainda circula entre roedores selvagens em regiões específicas dos Estados Unidos, especialmente no oeste do país.
Ela pode causar três formas distintas da doença: a bubônica (a mais comum), a septicêmica e a pneumônica — esta última, de rápida evolução e alta letalidade quando não tratada a tempo.
Como ocorre a transmissão e quais são os sintomas
A contaminação humana geralmente acontece por meio da picada de pulgas infectadas ou pelo contato direto com animais doentes — vivos ou mortos. Os primeiros sintomas podem incluir febre, dor de cabeça, calafrios, dores musculares e tosse intensa. Em alguns casos, há também inchaço em regiões como virilha e axilas.
Na forma pneumônica, a infecção compromete os pulmões, gerando dor torácica, dificuldade para respirar e tosse com sangue. Por isso, o tratamento com antibióticos precisa ser iniciado imediatamente, pois o agravamento pode ser fatal em poucas horas.
Risco atual é considerado baixo, dizem autoridades
Apesar da gravidade do caso, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) afirma que o risco de exposição à peste para a população em geral é muito baixo. Em média, apenas sete casos humanos são registrados por ano no país.
A última morte pela doença no condado de Coconino havia ocorrido em 2007. À época, a vítima teve contato com um animal morto contaminado. A nova ocorrência reacende o alerta para a importância da vigilância sanitária e de cuidados básicos com o ambiente e a fauna local.
Prevenção: o que dizem os especialistas
Entre as orientações das autoridades de saúde estão:
- Evitar contato com animais selvagens, mesmo que estejam mortos;
- Usar roupas compridas e repelentes em áreas naturais;
- Manter o entorno das casas limpo, sem acúmulo de madeira, lixo ou entulho;
- Controlar a presença de roedores nas residências.
Essas medidas simples ajudam a reduzir as chances de infecção por pulgas contaminadas, principais vetores da bactéria.