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Câmara de Brusque rejeita veto e aprova nova redação para lei sobre certidões criminais

Texto foi ajustado após diálogo entre base governista e Executivo

Fonte: Talita Garcia/Câmara de Brusque.

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Na sessão desta terça-feira (2), a Câmara de Vereadores de Brusque rejeitou por unanimidade o veto parcial do Executivo ao projeto de lei que trata da obrigatoriedade da apresentação de certidões negativas de antecedentes criminais por funcionários terceirizados que atuam diretamente com crianças, adolescentes e públicos vulneráveis.

Além da rejeição, foi apresentado e aprovado em primeira votação um novo projeto encaminhado pelo Executivo que altera a redação do artigo 2º da Lei, com mudanças que visam melhorar a segurança e reduzir a burocracia.

Certidões deverão ser atualizadas a cada três meses

Com a nova proposta, as empresas contratadas pelo município passam a ter a obrigação de:

  • Manter as certidões atualizadas trimestralmente;
  • Comunicar imediatamente qualquer condenação com trânsito em julgado de funcionários que atuam com públicos vulneráveis;
  • Responder a solicitações do município no prazo máximo de cinco dias.

Caso a empresa não cumpra as obrigações, poderá sofrer rescisão unilateral do contrato e outras penalidades administrativas.

Paulinho Sestrem: “Menos burocracia, mais segurança”

O líder do governo na Câmara, vereador Paulinho Sestrem, defendeu o novo texto:

“A nova redação é mais segura e eficiente. Reduzimos a burocracia para o poder público, tiramos uma exigência de controle semestral e colocamos a responsabilidade de atualização diretamente nas empresas.”

Ele destacou que, com cerca de mil contratos ativos, seria inviável para a administração pública fiscalizar manualmente todas as certidões a cada seis meses:

“Com essa nova redação, ganhamos agilidade e segurança jurídica. A empresa tem que manter os documentos e informar qualquer mudança. Se não o fizer, perde o contrato. Simples assim.”

Felipe Hort: “O objetivo sempre foi proteger as crianças”

Autor do projeto original, o vereador Felipe Hort disse que o veto do Executivo não tinha base jurídica e que a nova proposta foi resultado do diálogo:

“O texto original nunca impôs obrigação ao Executivo, mas às empresas. O novo projeto antecipa a regulamentação e aprimora a fiscalização. Nosso foco sempre foi garantir proteção integral às crianças.”

Ele também fez um apelo ao prefeito:

“Fico triste pela forma como fui tratado nas redes sociais. Nunca houve ataque pessoal, só discussão técnica. Agora que o texto foi melhorado, espero que o prefeito reconheça isso e, quem sabe, me desbloqueie nas redes”, ironizou.

Rick Zanata: “A cobrança da população foi essencial”

O vereador Rick Zanata, também do partido de Hort, criticou um vídeo postado pelo prefeito André Vechi, onde o chefe do Executivo acusa vereadores de “Fake News”:

“Fiquei surpreso e triste. Meu vídeo só falava da importância da atualização das certidões. Não houve mentira. A resposta do prefeito foi desnecessária.”

Zanata também ressaltou a união dos vereadores em defesa da proteção às crianças:

“Se não fosse a mobilização iniciada aqui, esse debate nem teria acontecido. Parabenizo o Paulinho pela sensibilidade de pedir vistas, e o Executivo por ouvir.”

Projeto agora segue para segunda votação

Com a aprovação em primeira votação, o novo texto segue para segunda e definitiva votação na próxima sessão. Se aprovado, será sancionado e publicado como nova redação da Lei nº 4.885/2025.

O Executivo solicitou tramitação em regime de urgência, com base no artigo 55 da Lei Orgânica Municipal, justificando que a proposta trata da proteção direta à população mais vulnerável.

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