Na sessão da Câmara Municipal de Brusque realizada nesta terça-feira (16/9), vereadores e lideranças comunitárias destacaram a repercussão positiva em torno da lei que regulamenta o consumo de bebidas alcoólicas em locais públicos do município. A proposta, construída em conjunto com entidades empresariais e setores da sociedade civil, tem como objetivo reforçar a ordem pública e dar mais condições de atuação às forças de segurança em situações de consumo irregular de álcool em ruas, praças e outros espaços coletivos.
O vereador Alessandro Simas ressaltou a aceitação da medida. Segundo ele, as manifestações recebidas nas últimas semanas foram majoritariamente favoráveis:
“Eu achei que nós teríamos muitas críticas, mas o que vimos foi uma repercussão positiva. Recebi mensagens de pessoas de diferentes segmentos sociais, inclusive de brusquenses que moram fora e que elogiaram a iniciativa. O objetivo maior é dar segurança à população e combater situações como as que vemos em locais como o terminal urbano e a rodoviária, onde cidadãos acabam sendo importunados por pessoas que passam o dia bebendo. Com a lei, a Polícia Militar terá condições de coibir essa bagunça, sem prejudicar os estabelecimentos comerciais que atuam de forma regular”, afirmou.
A aprovação da medida também foi celebrada pelo presidente da Associação Empresarial de Brusque (Acibr), Marlon Sassi. Ele lembrou que a mobilização envolveu a união de 15 entidades representativas e contou com o apoio das forças de segurança:
“Essa votação foi muito importante para a conscientização da população. Vimos que os vereadores escutaram a sociedade e entenderam a necessidade da lei. Outras cidades ao redor já criaram medidas semelhantes, e Brusque não poderia ficar para trás. A iniciativa vai ajudar o comércio, porque o consumo deve acontecer em locais regulamentados e não nas ruas. Isso fortalece os estabelecimentos e melhora a segurança”, destacou.
Agora, o texto segue para sanção do prefeito André Vechi. A expectativa, segundo os parlamentares, é de que a nova legislação traga benefícios diretos à comunidade, garantindo mais tranquilidade e ordenamento no espaço público.
Saúde em pauta
A sessão também contou com a participação do secretário municipal de Saúde, Dr. Ricardo Freitas. O gestor apresentou aos vereadores o planejamento da pasta e respondeu sobre a fala da vereadora Bete Eccel, que apontou déficit de R$ 20 milhões na área.
Aos jornalistas, Freitas explicou a diferença entre déficit orçamentário e financeiro e afirmou que os contratos em vigor, muitos prestes a vencer, estão sendo revisados:
“Estamos adequando os contratos e certamente o déficit vai sendo reduzido até chegar a zero no final do ano. A saúde não vai dar lucro nem prejuízo. O que sobrar será usado para diminuir a fila de exames laboratoriais. O mais importante é que os serviços essenciais à população estão mantidos e serão prestados de forma contínua”, declarou.
Segundo o secretário, contratos com hospitais como Azambuja e Dom Joaquim estão sendo reavaliados, e a expectativa é que a reorganização permita ampliar serviços conforme a disponibilidade financeira do município.
