Na sessão da Câmara de Vereadores desta terça-feira (11), o vereador Joubert Lungen apresentou um pedido de informação sobre o contrato entre o poder público e a empresa responsável pela coleta de lixo em Brusque. A solicitação, aprovada por unanimidade, tem como objetivo esclarecer os critérios utilizados na cobrança da taxa de coleta, que, segundo o parlamentar, tem gerado reclamações constantes da população.
O vereador alertou para a multiplicidade de cobranças em uma mesma ligação de água e questionou a transparência e os valores cobrados pela empresa. Lungen afirmou que muitos moradores estão sendo prejudicados por tarifas elevadas, que superam até o valor da conta de água.
Durante seu discurso, Lungen compartilhou casos concretos que ilustram o problema. Em um deles, uma senhora com consumo mensal de apenas 5 m³ de água paga R$ 38 pela água e R$ 162 de taxa de lixo.
“Como é que uma senhorinha que ganha um salário mínimo consegue honrar esses pagamentos?”, questionou o vereador. “Ela vai no Samae, o Samae manda ela ir na Veolia e nada é resolvido.”
Segundo ele, muitas famílias acabam ficando inadimplentes não por causa da água, mas devido à taxa de lixo.
“Muita gente deixa de pagar às vezes a água porque a conta do lixo é maior do que a conta da água. Então às vezes o usuário fica inadimplente não pela situação da conta da água, pela conta do lixo.”, disse.
Outro ponto levantado por Lungen foi a falta de clareza nos critérios usados para determinar quantas taxas de lixo são cobradas por residência. Ele afirmou que, frequentemente, a empresa parece se basear apenas na aparência externa do imóvel, como presença de dois pavimentos, para aplicar múltiplas cobranças.
“O morador que achar injusto tem que correr atrás. E muitos nem percebem, vão acumulando débitos e depois não conseguem mais pagar”, destacou.
Lungen ainda acrescentou que, por experiência própria, sabe que o problema é recorrente e que as tentativas de retirar a cobrança são temporárias.
“Eu sei, por conhecimento próprio, já trabalhei no Samae, que muita gente vai lá e pede para tirar a taxa de lixo daquele mês. Eles até retiram, mas no outro mês volta de novo. Então vai amontoando, sabe?”, concluiu.
Agora, com o pedido de informação aprovado, cabe ao Poder Executivo responder oficialmente sobre o contrato e os métodos de cobrança aplicados pela empresa prestadora do serviço.
















