Pesquisadores da Universidade de Washington e da Universidade de Viena, sob a liderança do investigador Christian Blum, descobriram que os corvos possuem uma habilidade surpreendente de memória, capaz de respeitar e lembrar rostos humanos por até 17 anos. Este estudo é inédito aprofunda o entendimento da inteligência e das interações sociais dessas aves.
Em experimentos realizados com máscaras, os cientistas provocaram os corvos, que, em resposta, exibiram hostilidade persistente contra os pesquisadores mascarados. Esse comportamento sugere que os corvos podem guardar ressentimentos por períodos prolongados, apontando para uma capacidade avançada de registrar experiências negativas associadas a determinadas pessoas.
Além disso, o estudo sugere que essa memória pode ter uma dimensão social, influenciando o comportamento de outros corvos ao redor. Assim, os pássaros podem identificar certos humanos como ameaças e até mesmo transmitir essa percepção a outros membros do grupo. A descoberta é um marco na pesquisa sobre cognição animal, oferecendo uma visão mais profunda sobre a inteligência e a complexidade social dos corvos.
Essas questões destacam a possibilidade de que os corvos possuíssem uma forma de transmissão cultural, onde o conhecimento e a experiência adquiridos por um indivíduo podem ser compartilhados entre os demais.