Olhares atentos e silêncio na sala de aula. A cada entrevista, uma nova descoberta. Mais de 100 alunos da rede de ensino de Brusque assistiram ao documentário Vidas Interligadas, que retrata as experiências de pessoas negras em Brusque e conecta essas histórias com as vivências dos quilombolas catarinenses. A sessão especial para os estudantes ocorreu nesta terça-feira (18).
Uma das professoras que acompanhou a exibição do filme e participou das rodas de conversa, a professora de Língua Portuguesa Priscila Scalvim, destacou a importância do documentário como ferramenta educacional. “É a partir da educação que podemos transformar o mundo, tornando-o mais harmônico, mais empático e menos preconceituoso. E isso começa com as novas gerações. O projeto Vidas Interligadas, o documentário e as conversas com os alunos são essenciais para que essa transformação aconteça”, explicou.
Scalvim também ressaltou o multiculturalismo presente em Brusque e a relevância da obra na construção de uma sociedade mais justa. “Somente com uma educação antirracista poderemos transformar o mundo, para que todos se reconheçam nas suas diferenças, mas também se respeitem. Como diz o nome do documentário, as vidas são interligadas. Estamos imersos nas histórias uns dos outros, e essas histórias são, na verdade, parte da nossa própria história. Elas formam a cidade, o país e o mundo em que vivemos. Iniciativas como esta permitem que nossos estudantes se vejam, se identifiquem e se sintam representados. Isso, por sua vez, faz com que eles se sintam respeitados”, destacou.
Lançamento
Quem deseja conhecer mais sobre o projeto pode acessar o site oficial: www.vidasinterligadas.com.br ou seguir o Instagram @vidasinterligadas. Em breve, será realizado o lançamento oficial, com datas e locais a serem divulgados.
O projeto
O projeto foi contemplado pela Lei Paulo Gustavo do Governo Federal, Ministério da Cultura, e viabilizado pela Prefeitura de Brusque, por meio da Fundação Cultural de Brusque.