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Grupo Amigos do Canto Alemão celebra 35 anos com apresentação gratuita em Brusque

Evento no sábado, 5 de julho, integrou a programação do Sábado Fácil e reuniu a comunidade na Praça Barão de Schneeburg

Fonte: Bárbara Sales/Ideia Comunicação

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O Grupo Amigos do Canto Alemão celebrou 35 anos de histórias no dia 16 de junho e, para comemorar a data, realizou uma apresentação aberta e gratuita à comunidade no sábado, 5 de julho, na Praça Barão de Schneeburg. O evento integrou a programação do Sábado Fácil e contou com um repertório que marca parte desta trajetória: um grupo de amigos que se transformou em uma grande família, ao manter viva a herança cultural de seus antepassados.


O Grupo Amigos do Canto Alemão é formado por 16 membros, que interpretam músicas tradicionais, folclóricas e sucessos atuais em alemão. “Éramos amigos e geralmente nos encontrávamos em aniversários e ali cantávamos músicas, que nossos antepassados trouxeram da Alemanha. Na época, o Dr. Germano Hoffmann foi quem tomou a iniciativa de organizar o grupo, junto com o acordeonista Joel Krieger e o maestro Gilberto Rau. A partir de então, cada um ia sugerindo uma música e outra, assim fomos montando nosso repertório. Nos encontrávamos aos sábados, fazíamos um almoço e ensaiávamos. A data oficial de fundação foi dia 16 de junho, junto com a criação do estatuto, registro em cartório e a nomeação de Utilidade Pública Municipal e Estadual”, contou o presidente do grupo, Valter Stoltenberg.

Intercâmbio com a Alemanha

Valter lembra que, no início, o grupo se reunia semanalmente para os ensaios e realizou as primeiras apresentações em casamentos e festas de conhecidos. Após algum tempo de formação, começaram a subir ao palco da Fenarreco e cinco anos depois, estavam embarcando para um intercâmbio musical na Alemanha, passando pelas cidades de Frankfurt, Koblenz, Köln, Hadamar, St. Martin, Speyer, Baden-Baden, Dinkelsbühl, Ellrichshausen, Heilbronn, Waghäusel, Fulda, Neupotz, Karlsruhe, Heidelberg, Braunsbach, Rothenburg, Hambrücken, Kirrlach, Karlsdorf, Rastatt, München, Würzburg e Ludwigsau.

“Acredito que fomos bem ousados: cantar alemão para os alemães. Mas levamos algumas canções brasileiras em nosso repertório, como Aquarela do Brasil. Ainda que cantemos em alemão, muitos integrantes não dominam o idioma, mas foi uma experiência enriquecedora. Fizemos três apresentações e fomos aplaudidos de pé pela plateia”, lembra Valter.

Ele ainda conta que os investimentos da viagem foram pagos pelos próprios integrantes, que durante algum tempo juntaram marcos alemães, antiga moeda do país. “Fizemos uma campanha durante dois anos para custear o intercâmbio, cada um ajudava com um pouco e assim fomos inteirando o valor. Lá, nós fomos recebidos e hospedados por grupos de cantos, os mesmos que eram hospedados por nós quando vinham ao Brasil. Acredito que esta foi a maior troca cultural que nosso grupo realizou”.

Uma grande família

Participando desde o início, Valter afirma: mais que amigos, o grupo se transformou em uma grande família. “No início eram conhecidos que, com o passar do tempo, se tornaram amigos. Agora já somos uma família. Fazemos isso porque gostamos, voluntariamente. Muitas vezes vamos para os ensaios cansados, no frio, com chuva, mas sempre nos divertimos. Nunca cobramos pelas nossas apresentações, exceto nas oficiais, pois precisamos pagar os músicos. É algo que realmente amamos fazer”.

Renato Roda, integrante e responsável pelo financeiro do grupo, tem o mesmo sentimento. Para ele, as músicas entoadas remetem à infância. “É gostoso ouvir essas canções, porque elas trazem lembranças de antigamente, quando éramos crianças. Na maioria das famílias era incentivado o aprendizado de algum instrumento musical e, por não existir uma vida social, os parentes se reuniam em casa e tinham o costume de cantar, principalmente nas épocas de frio. Hoje, trazer essas músicas para o nosso repertório é constantemente visitar o passado através dessas lembranças e, claro, manter viva essa tradição”, compartilha.

Lei de Incentivo à Cultura

Renato destaca que ao longo destes 35 anos, o grupo sempre arcou com todos os custos, desde o pagamento do maestro até os músicos contratados para as apresentações, por isso, agora sentiram necessidade de buscar um projeto de incentivo à cultura, com o objetivo de tornar o Grupo Amigo do Canto Alemão mais conhecido. “Já conseguimos aprovar um projeto por meio da Lei Rouanet e captamos uma parte do recurso, atingindo o mínimo necessário para iniciar a atividade. Estamos investindo na criação de um perfil no Instagram, criando uma nova identidade visual e realizando o pagamento do nosso maestro. Além disso, nosso intuito é deixar as apresentações ainda melhores, investindo em uma preparação mais técnica”, explicou Renato.

Anteriormente, o grupo também foi beneficiado com recursos de um projeto cultural que viabilizou a gravação do último CD.
Além da apresentação deste sábado, um novo show está marcado para o dia 15 de agosto, no Jantar de comemoração dos 35 anos do grupo, na AABB. “Tradicionalmente todos os anos nós promovemos um jantar de aniversário e já colocamos 700 pessoas no salão. É um sucesso, quem participa sempre nos pede para reservar seu lugar no próximo ano. Em 2025, o jantar acontece na AABB, no dia 15 de agosto. Haverá a nossa apresentação e de demais grupos animando a noite. Quem quiser adquirir sua entrada pode falar com os integrantes. Os cartões estão sendo comercializados por R$ 120”.

Canto Coral e Tradição

Dentro do projeto Canto Coral e Tradição, que foi contemplado com recursos da Lei de Incentivo à Cultura, o grupo organiza várias ações para difundir a tradição alemã, com outras seis apresentações gratuitas, além de palestras em escolas municipais para mostrar mais da cultura alemã com a música e os costumes dos antepassados, preservando esta tradição.

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