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Motorista de carreta envolvido em acidente que matou 39 pessoas na BR-116 em MG é preso no Espírito Santo

O acidente ocorreu em dezembro de 2024, no distrito de Lajinha, em Teófilo Otoni

Fonte: Corpo de Bombeiros MG/Divulgação

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O motorista da carreta que se envolveu no trágico acidente que vitimou 39 pessoas na BR-116, em Teófilo Otoni, Minas Gerais, foi preso nesta terça-feira (21) pela Polícia Civil de Minas Gerais, no estado do Espírito Santo. A prisão de Arilton Bastos Alves foi confirmada pelo governador de Minas Gerais, Romeu Zema, que utilizou suas redes sociais para informar que “a investigação revelou que o condutor tinha efeito de substância ilícita”.

O acidente ocorreu na madrugada do dia 21 de dezembro de 2024, envolvendo um ônibus de viagem, uma carreta carregada com blocos de granito e um carro. O ônibus da empresa Emtram, que seguia de São Paulo com destino à Bahia, colidiu com uma carreta, que perdeu a carga de blocos de granito, causando uma tragédia. Arilton, após o acidente, fugiu do local, mas se entregou à polícia dois dias depois, no dia 23 de dezembro. No entanto, ele foi liberado à época, já que a Justiça negou a prisão preventiva solicitada pela Polícia Civil.

A situação mudou, no entanto, quando o juiz Danilo de Mello Ferraz, da 1ª Vara Criminal da Comarca de Teófilo Otoni, decidiu rever a decisão e decretar a prisão do motorista, após a constatação de novos elementos. A decisão judicial informou que Arilton havia deixado o local do acidente e que, no momento da colisão, conduzia a carreta com sobrepeso, em alta velocidade e sob efeito de drogas e álcool. O juiz considerou que a combinação dessas condições configurou dolo eventual, ou seja, a acessível do risco de causar o acidente.

De acordo com a decisão judicial, o motorista escolheu a direção de uma carreta de aproximadamente 100 toneladas, após ter consumido cocaína, bebida alcoólica, ecstasy, alprazolam e outras substâncias ilícitas. Além disso, a carreta estava trafegando a 90 km/h, enquanto o limite da via era de 80 km/h. A Justiça ainda acrescentou que Arilton admitiu não verificar o peso da carga que transportava, o que contribuiu para o acidente.

A defesa de Arilton Bastos Alves expressou surpresa com a decisão judicial de decretar sua prisão preventiva. Em nota, os advogados alegaram que o caso ainda está em fase de investigação e que não foram informados os fundamentos da prisão. A defesa também afirmou que serão tomadas medidas legais cabíveis para garantir o devido processo e o direito de defesa de Arilton.

O acidente

O trágico acidente aconteceu no km 285 da BR-116, no distrito de Lajinha, em Teófilo Otoni, às 3h30 da madrugada de 21 de dezembro. O ônibus da Emtram, que vinha de São Paulo, se envolveu na colisão com a carreta e um carro. Inicialmente, a hipótese levantada pelos Bombeiros era de que o acidente ocorreu após o estouro de um pneu do ônibus, o que teria feito o motorista perder o controle da direção e bater na carreta.

No entanto, a Polícia Rodoviária Federal e a Justiça investigam outras possibilidades. A investigação revelou que, possivelmente, um grande bloco de granito se soltou da carreta e atingiu o ônibus que seguia no sentido contrário. Peritos indicaram que o excesso de peso da carga, juntamente com o excesso de velocidade da carga e o uso de drogas por Arilton, foram fatores determinantes para o desastre.

O caso segue sob investigação.

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