O Projeto “Interação Social e o Ensino da Língua Portuguesa – Conversação para Imigrantes em Brusque”, estará de casa nova, em agosto. A partir do próximo mês, o trabalho voluntário será realizado na sede da Igreja Brusque Vida, localizada na Rua Benjamin Constant (São Luiz).
Segundo a coordenação do projeto, as aulas serão retomadas após paralisação, em dezembro do ano passado. Iniciativa que chegou a atender, simultaneamente, 42 alunos em sala de aula.
Com o trabalho, busca-se contribuir com os alunos que estão em busca de colocação no mercado de trabalho e facilitar sua comunicação no país.
O Projeto
Os imigrantes chegam sem conhecer, sem falar o idioma e precisam se adaptar a nova realidade. A maioria deles, haitianos, falam de três a cinco idiomas, mas a maioria não fala, lê ou escreve em português.
No seu início, em 2015, 90% das pessoas atendidas voluntariamente pelo projeto eram haitianos, os outros 10% eram árabe, turco e cubano. Neste ano, haitianos e venezuelanos, quase na mesma proporção, não puderam ter acesso ao projeto por falta de espaço.
Foi quando a Secretaria de Estado da Educação não renovou a autorização para uso do espaço na EEB Francisco de Araújo Brusque, sob a alegação de restrições advindas com o ataque, em 5 de abril de 2023, no Centro de Educação Infantil Cantinho Bom Pastor, em Blumenau, que resultou em quatro crianças mortas. Anteriormente, o Projeto foi sediado na escola municipal Oscar Maluche, no bairro de Steffen.
Haitianos
Em 12 de janeiro de 2010, um terremoto de 7,3 graus na escala Richter atingiu a capital do Haiti, Porto Príncipe. Com epicentro próximo à principal cidade haitiana, o sismo causou enorme destruição, matou cerca de 230 mil pessoas e deixou mais de um milhão de desabrigados.
Após o terremoto, os haitianos começaram a emigrar para vários países do mundo. No início de 2015 chegaram os primeiros em Brusque.
Já em 2017, chegaram os primeiros refugiados venezuelanos em nossa cidade. Deixam a Venezuela para escapar da insegurança e das ameaças, assim como da falta de alimentos, remédios e serviços essenciais.