A passagem de um tornado de grandes proporções deixou um rastro de destruição em Rio Bonito do Iguaçu, no Centro-Sul do Paraná, na tarde desta sexta-feira (7). Segundo a Defesa Civil, cinco pessoas morreram e mais de 130 ficaram feridas, sendo 30 em estado grave. Imagens mostram um cenário de colapso, com casas destruídas, árvores arrancadas e postes de energia tombados. Estima-se que cerca de 80% da área urbana tenha sido atingida.
O fenômeno foi causado por uma supercélula que deu origem a um tornado classificado preliminarmente como de categoria F2, com ventos entre 180 km/h e 250 km/h, conforme o Simepar. Técnicos avaliam se algumas rajadas ultrapassaram os 250 km/h, o que elevaria a classificação para F3. A tempestade também provocou danos em municípios vizinhos, como Candói, Laranjeiras do Sul e Guarapuava.
Com cerca de 14 mil habitantes, Rio Bonito do Iguaçu teve parte significativa de sua infraestrutura comprometida. Mais de 3 mil imóveis permaneciam sem energia elétrica até o início da noite, e o abastecimento de água foi interrompido. Um hospital de campanha foi montado para atender as vítimas e dar suporte aos hospitais da região.
Equipes do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil, com reforço de militares de várias regiões do estado, trabalham no resgate e na remoção de escombros. O coronel Jonas Emmanuel Benghi Pinto, subcomandante-geral do Corpo de Bombeiros, descreveu a situação como um “cenário de guerra” e disse que há possibilidade de novas vítimas sob as ruínas. Ambulâncias e aeronaves estão sendo utilizadas nas operações de socorro.
O governador Ratinho Junior afirmou que as forças de segurança estão em alerta máximo e que o governo estadual acompanha de perto os trabalhos nas cidades afetadas. “Nossa solidariedade à população das regiões atingidas. Seguimos em atenção permanente”, declarou nas redes sociais. Ele deve visitar a região neste sábado (8). O governo federal também acompanha a situação.
Segundo a Copel, cerca de 60 mil imóveis estavam sem energia em todo o estado até as 19h, com as regiões Oeste e Sudoeste entre as mais afetadas. As autoridades pedem que os moradores evitem áreas com fios caídos e colaborem com as equipes de resgate.















