Uma enchente devastadora atingiu a comunidade de Hunt, no Texas, na madrugada da última sexta-feira (4), causando a morte de 32 pessoas e deixando outras 27 desaparecidas. O desastre aconteceu no acampamento cristão Camp Mystic, onde cerca de 750 pessoas estavam reunidas. Em um período de apenas 45 minutos, o rio Guadalupe transbordou, subindo mais de oito metros e inundando completamente a instalação do acampamento.
As buscas pelas vítimas continuam com o auxílio de helicópteros, barcos e drones. Apesar dos esforços, a localização de muitos desaparecidos ainda é incerta. Entre os desaparecidos estão nove meninas, cujos nomes estão sendo compartilhados por suas famílias nas redes sociais, buscando por informações. Entre as vítimas fatais já identificadas, três meninas tiveram suas mortes confirmadas pelas famílias: Renee Smajstrla, de 8 anos; Janie Hunt, de 9 anos; e Sarah Marsh, de 8 anos.
O governador do Texas, Greg Abbott, e o vice-governador, Dan Patrick, reforçaram o uso de todos os recursos disponíveis no estado para as operações de resgate e alertaram a população para evitar áreas alagadas. O vice-governador também destacou que muitas crianças podem estar ilhadas, o que pode explicar a falta de contato com as famílias, sem que isso signifique que estejam desaparecidas.
As autoridades afirmaram que a enchente não foi prevista nos sistemas meteorológicos, já que a quantidade de chuva que caiu sobre a região foi muito maior do que o esperado. A tragédia ocorreu em um curto espaço de tempo e sem qualquer sinal prévio, o que pegou tanto as vítimas quanto as equipes de emergência de surpresa.
Além das perdas humanas, a região também enfrenta dificuldades no fornecimento de energia elétrica e internet, e as rodovias continuam interrompidas, complicando ainda mais o trabalho das equipes de resgate.
O acampamento Camp Mystic, onde ocorreu a tragédia, emitiu uma nota confirmando que os desaparecidos estão localizados em áreas ainda inacessíveis, como árvores ou terrenos desérticos, e enfatizou que o fato de não haver contato direto não implica necessariamente em morte.
