Durante a sessão da Câmara de Vereadores desta terça-feira (11), o vereador André Rezini apresentou um requerimento propondo a criação de um sistema de rodízio entre farmácias para garantir atendimento na madrugada de domingo para segunda-feira em Brusque. A proposta foi aprovada por unanimidade pelos parlamentares.
A iniciativa surgiu após o vereador ser procurado por moradores que relataram dificuldades em adquirir medicamentos durante esse período, especialmente após atendimentos de urgência.
População desassistida durante a madrugada
Segundo Rezini, embora Brusque conte com algumas farmácias que funcionam 24 horas, nenhuma delas permanece aberta entre as 22h de domingo e 7h da manhã de segunda-feira. O parlamentar destacou que essa lacuna atinge não só Brusque, com seus 152 mil habitantes, mas também cidades vizinhas como Guabiruba e Botuverá — somando quase 200 mil pessoas.
“São milhares de famílias que, em casos de emergência, não têm onde buscar um medicamento”, afirmou. Ele relatou ainda que só tomou conhecimento da ausência de atendimento nesse horário recentemente, após relatos de moradores.
Proposta sugere diálogo entre farmácias e associação empresarial
O requerimento sugere que a Associação Empresarial de Brusque (ACIBr) conduza um estudo técnico junto aos empresários do setor farmacêutico para avaliar a viabilidade do serviço. A ideia é implementar um revezamento entre as farmácias, com plantões alternados por regiões da cidade.
A intenção, segundo Rezini, não é impor uma obrigação ao setor privado, mas buscar uma solução viável que atenda à população sem onerar os comerciantes.
“Pode ser uma farmácia no Centro em um domingo, outra em Dom Joaquim no seguinte, depois em Águas Claras. Assim, ninguém é sobrecarregado, e a cidade ganha um serviço essencial nas noites mais críticas”, explicou.
Próximos passos envolvem articulação com o setor
Com o requerimento aprovado, a expectativa é que a ACIBr inicie conversas com os proprietários e gerentes das farmácias para estudar formas de implantação. A proposta deve avançar com base em diálogo, buscando equilíbrio entre necessidade pública e viabilidade comercial.
Rezini também destacou o papel da imprensa local na divulgação de temas como este.
“Quando a imprensa divulga, a proposta ganha força. E esse é um tema coletivo, de saúde, que merece atenção”, finalizou.
