A rede de lojas Havan enfrenta uma escalada preocupante nos casos de furtos, arrombamentos e atos de depredação em suas unidades. Somente no mês de setembro foram registradas 64 ocorrências, o que representa quase metade de todos os delitos cometidos ao longo de 2025. No total, já são 131 registros desde o início do ano.
O empresário Luciano Hang, dono da rede, atribui o crescimento dos crimes à retirada dos vídeos conhecidos como “amostradinhos” — materiais que mostravam em tempo real a atuação de criminosos nas lojas.
Medo da exposição inibe mais que a polícia
Para Hang, a decisão de retirar os vídeos do ar, por imposição legal, enfraqueceu a estratégia de prevenção. “Percebemos que os criminosos não têm medo da justiça ou da polícia, mas sentem vergonha de serem reconhecidos por familiares, amigos, vizinhos ou até por outras vítimas”, afirmou.
Segundo ele, a exposição pública tinha efeito direto na redução de delitos. “Quando expostos, pensam duas vezes antes de agir.”
Vídeo borrado e apelo por leis mais duras
Mesmo com as restrições legais, a Havan decidiu divulgar um novo vídeo de segurança, agora com os rostos dos suspeitos borrados. O objetivo, segundo o empresário, é mostrar a realidade enfrentada pela rede e cobrar providências das autoridades públicas.
“Não podemos permitir que a criminalidade avance sem controle. É preciso endurecer as leis e investir em tecnologia para proteger a população e garantir um Brasil seguro”, disse Hang.
Suporte ao projeto de lei e reforço na segurança
Luciano Hang também declarou apoio ao Projeto de Lei 3630/2025, de autoria da deputada federal Bia Kicis. A proposta prevê punições mais rigorosas para crimes de furto e arrombamento, especialmente em estabelecimentos comerciais.
Além do posicionamento político, o empresário garante que todas as 184 lojas da rede contam com sistemas de segurança avançados.
“Temos uma central 24 horas que acompanha tudo o que acontece. As pessoas flagradas cometendo crimes são abordadas, identificadas, registramos a ocorrência e processamos. Todas são cadastradas em nosso banco de dados, e nosso monitoramento é alertado se entrarem em outra loja”, completou.