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Carla Zambelli pode ser incluída na lista da Interpol após deixar o Brasil; STF investiga

Com cidadania italiana, Zambelli afirma que não pode ser deportada, mas STF segue investigando sua fuga

Fonte: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

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A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) gerou grande repercussão ao deixar o Brasil nesta terça-feira (3), após ser condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 10 anos de prisão pela invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A parlamentar, que já enfrentava um isolamento político, anunciou que seguirá para a Europa, mais especificamente para a Itália, onde possui cidadania. Ela afirmou que, por ter a nacionalidade italiana, não pode ser deportada do país.

A decisão de deixar o Brasil tem gerado desconfiança entre ministros do STF. Alguns avaliam que Zambelli pode ter abandonado o país para evitar a aplicação da pena, que inclui prisão em regime fechado e perda do mandato parlamentar. A saída da deputada levanta a possibilidade de que ela seja considerada foragida, caso se comprove que sua intenção era driblar a justiça brasileira.

Com o passaporte devolvido, Zambelli não pode ser considerada foragida oficialmente. No entanto, a sua movimentação está sendo acompanhada de perto por autoridades jurídicas e policiais. Alguns ministros do STF indicam que, caso seja confirmada a intenção de fuga, Zambelli poderá ter sua prisão preventiva decretada e ser incluída na lista da Interpol, caso o Supremo considere essa medida necessária.

Zambelli está politicamente isolada, sem o apoio de seu antigo grupo, ligado ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Em uma declaração recente, o ex-presidente responsabilizou Zambelli por parte de sua derrota nas eleições de 2022, devido a episódios polêmicos envolvendo a deputada, como a perseguição a um homem armado nas ruas de São Paulo durante a campanha eleitoral.

Além da condenação pelo STF, Zambelli é alvo de outro inquérito relacionado a crimes de porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal, mas ainda não foi julgada neste caso. A deputada ainda afirmou à CNN que, caso não receba prisão domiciliar, a sua saída do Brasil seria uma forma de resistência, e não uma fuga da justiça.

Quem é Coronel Tadeu, que deve assumir o mandato no lugar de Zambelli

Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados

Com a saída de Carla Zambelli do Brasil, o suplente Coronel Tadeu (PL-SP) deve assumir sua cadeira na Câmara dos Deputados. Zambelli anunciou que deixaria o país para a Itália, inicialmente alegando um tratamento médico, e informou que pedirá licença do seu cargo na Casa Legislativa. O suplente, portanto, assumirá as funções da deputada, caso sua licença seja formalizada.

Coronel Tadeu, nome político de Marcio Tadeu Adhaia de Lemos, foi eleito para a Câmara em 2018, mas não conseguiu garantir a continuidade no cargo nas eleições de 2022. Natural de São Paulo, o novo possível parlamentar tem uma longa trajetória na Polícia Militar do Estado de São Paulo. Ele já ocupou diversos cargos de liderança na corporação, como oficial da Polícia Militar, comandante de helicópteros e Líder Táxi Aéreo no Rio de Janeiro.

Além de sua carreira na Polícia Militar, Coronel Tadeu é bacharel em Direito pela Universidade de São Paulo (USP), formado em Educação Física pela Escola de Educação Física da PM de São Paulo e tem mestrado em Ciências da Segurança Pública. Sua formação e experiência o colocam como uma figura reconhecida no campo da segurança pública.

Vida política de Coronel Tadeu

Em 2022, Coronel Tadeu migrou para o Partido Liberal (PL) após ser filiado ao União Brasil. Durante sua trajetória no PL, ele exerceu funções relevantes, como vice-líder do partido na Câmara dos Deputados. Ele também teve participação ativa em diversas comissões, como suplente nas Comissões de Constituição e Justiça e de Cidadania, além de atuar como suplente na Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado e no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar.

Com a possível licença de Zambelli, Tadeu deve assumir o mandato na Câmara, sucedendo a parlamentar e assumindo suas responsabilidades legislativas enquanto a deputada estiver afastada. A transição do cargo reflete a continuidade política e a importância de figuras como Coronel Tadeu na construção do PL na Câmara.

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