As chuvas em Brusque trazem um impacto imediato não apenas para o cidadão brusquense, mas também para a Secretaria de Obras, visto que a grande maioria dos trabalhos só pode ser realizada sem a influência de uma carga d’água, não importando sua intensidade.
Entretanto, segundo mostrou um levantamento realizado pela própria Secretaria de Obras, em parceria com a Defesa Civil, durante o período entre 1º de fevereiro até 19 de junho deste ano (140 dias corridos), Brusque teve um total de 70 dias chuvosos.
Com os dias chuvosos, fica inviável usar máquinas roçadeiras por conta do risco da água queimar as máquinas. Também não é possível realizar serviços de pavimentação ou tapa buraco porque o asfalto precisa estar em alta temperatura ao entrar em contato com o solo. Nem mesmo os trabalhos de patrola são feitos, visto que são necessários que os materiais aplicados estejam secos para não virarem lama e piorar as condições das vias.
Porém, durante os outros 70 dias de estiagem, o trabalho foi realizado de forma intensa e acelerada e com um grande número de servidores nas ruas visando aproveitar as boas condições climáticas. Neste período, foram realizados serviços de limpeza, tapa buraco, recapeamento, pavimentação, concretagem, enrocamento, limpeza de vala, patrolamento, limpeza de bocas de lobo e paisagismo em todos os bairros de Brusque.
O clima é uma importante variável no trabalho desenvolvido pela Secretaria de Obras, não bastando que haja materiais e maquinários disponíveis. “A gente precisa ter um tempo bom, tempo estável para que possamos desenvolver o trabalho que foi planejado. Foi isso que aconteceu nessas últimas semanas, onde a gente conseguiu uma janela de tempo estável de quase 20 dias com pouquíssima chuva e que permitiu que nós pudéssemos ter um avanço significativo no trabalho das equipes”, disse o diretor geral da Secretaria de Obras, Thomas Haag.
Porém, para esta semana, o panorama já se mostra diferente. “Já por outro lado, o planejamento dessa semana, a partir dessa segunda, dia 24, nos indica chuva até quarta, o que demanda um trabalho intenso de organização para manter tudo em dia, manter a priorização e saber o que nós podemos avançar nesse quadro de chuva, ou seja, de que o solo vai estar molhado, de que a gente vai poder executar somente alguma parte dos trabalhos”, concluiu Thomas.