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Lula fala sobre fraude no INSS: “Erro feito no governo passado”, e garante apuração rigorosa

Presidente afirma que governo atual está trabalhando para apurar fraudes e devolver valores aos aposentados

Fonte: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) abordou uma série de temas importantes durante coletiva de imprensa nesta terça-feira (3). Em suas declarações, o presidente falou sobre a investigação das fraudes no INSS, a possível imposição de sanções dos Estados Unidos ao ministro Alexandre de Moraes e criticou a postura do deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que atualmente vive nos Estados Unidos.

Fraudes no INSS: “Erro do governo passado”

Lula iniciou a coletiva destacando as fraudes que envolveram o INSS, classificando-as como um “erro feito no governo passado”. O presidente afirmou que, ao contrário das gestões anteriores, o governo atual está tomando as medidas necessárias para investigar a fundo as irregularidades e punir os responsáveis.

“Colocamos a Polícia Federal e a CGU [Controladoria-Geral da União] para fazer investigação minuciosa, e quem errou vai ser punido. Vamos devolver o dinheiro aos aposentados”, disse Lula, reiterando que o objetivo do governo é resolver o problema com seriedade.

As fraudes, que resultaram em uma cobrança indevida de cerca de R$ 6 bilhões de aposentados e pensionistas, estão sendo apuradas pela Polícia Federal. O presidente também afirmou que a Justiça já bloqueou milhões de reais em bens das empresas envolvidas, e o governo continuará a apurar a fundo os responsáveis.

Sanções dos EUA a Moraes: Lula defende a soberania brasileira

Foto: Carlos Moura/SCO/STF

O presidente também foi questionado sobre a possibilidade de sanções dos Estados Unidos ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em resposta à suspensão da plataforma Rumble no Brasil. Lula considerou “inadmissível” que líderes estrangeiros se intrometam nas decisões das cortes supremas de outros países.

“É inadmissível que um presidente de qualquer país do mundo dê palpite sobre a decisão da Suprema Corte de outro país. Se você concorda ou não concorda, silencie”, afirmou Lula, destacando que o Brasil defenderá sua soberania e suas instituições.

A polêmica surgiu após o Departamento de Justiça dos EUA emitir um comunicado informando que ordens judiciais brasileiras não são executáveis no país, a menos que sejam reconhecidas formalmente pelas autoridades norte-americanas. Lula garantiu que o Brasil continuará a proteger seus ministros e instituições.

Eduardo Bolsonaro: “Tentando lamber as botas de Trump”

Foto: Paulo Sérgio/Câmara dos Deputados

Em relação ao deputado licenciado Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, Lula não poupou críticas. Sem citar o nome de Eduardo diretamente, Lula afirmou que o deputado está “tentando lamber as botas de Trump” e se intrometendo na política interna brasileira.

“Lamentável é que um deputado brasileiro, filho do ex-presidente, esteja lá, nos Estados Unidos, para convocar os Estados Unidos a se meter na política interna do Brasil. Isso é grave. Uma prática terrorista”, afirmou o presidente. Lula sugeriu que Eduardo Bolsonaro renunciasse ao seu cargo, dado seu comportamento nos Estados Unidos, que inclui a busca por sanções contra o Brasil e ações contra o Judiciário.

Eduardo Bolsonaro, que se licenciou do cargo em março e atualmente reside nos EUA, se posicionou contra o governo brasileiro, criticando o Judiciário e pedindo a intervenção do governo americano. Em resposta, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou a abertura de um inquérito para investigar suas ações.

Genocídio em Gaza: Lula condena ações de Israel

Foto: Ricardo Stuckert/PR

Por fim, Lula se posicionou contra a ofensiva israelense em Gaza, chamando-a de “genocídio”. O presidente criticou fortemente a violência contra civis palestinos, destacando que, como ser humano, é inaceitável aceitar tal massacre como parte de uma guerra legítima.

“A morte de mulheres e crianças que não estão em guerra não dá, como ser humano, aceitar isso como se fosse uma guerra normal”, disse Lula, reafirmando que a criação do Estado Palestino é uma solução necessária para a paz duradoura.

“Vou à França, vou ter reunião com o presidente Macron e discutir assuntos de interesses globais. Certamente vamos discutir a guerra da Rússia e da Ucrânia, certamente vamos discutir o massacre do Exército de Israel à Faixa de Gaza, certamente vamos discutir o Acordo União Europeia-Mercosul, certamente vamos discutir coisas na área da defesa”, afirmou a jornalistas.

O governo brasileiro também condenou os novos assentamentos israelenses na Cisjordânia, classificando-os como ilegais segundo o direito internacional. O Itamaraty criticou a decisão de Israel, ressaltando que a política de expansão dos assentamentos compromete a solução de dois Estados, essencial para a paz na região.

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