A doação de medula óssea é um gesto de solidariedade que representa uma verdadeira chance de vida para pacientes diagnosticados com doenças graves, como leucemias, linfomas, algumas anemias e diversas síndromes do sangue. Apesar da importância vital dessa prática, muitos ainda desconhecem como se tornar um doador e como esse ato pode ser decisivo para salvar vidas. A compatibilidade entre doador e receptor é difícil de encontrar, com chances de 1 em 100 mil, o que torna fundamental um número elevado de pessoas cadastradas para aumentar a possibilidade de um doador compatível ser encontrado.
O processo de doação envolve um simples cadastramento no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME). Para isso, é necessário ter entre 18 e 35 anos, estar saudável e não apresentar doenças autoimunes ou cardíacas. O cadastro é realizado por meio de uma coleta de 5 ml de sangue, que será analisado para identificar as características genéticas do doador. A partir daí, os dados são inseridos no REDOME, e, caso a compatibilidade seja encontrada com um paciente que aguarda um transplante, o doador será contatado para realizar o procedimento.
O processo de doação pode ser feito de duas formas: uma retirada direta da medula óssea por punção no osso da bacia ou por aférese, um procedimento em que o sangue é retirado e as células da medula são coletadas pela máquina. Nos dois casos, a medula óssea se regenera rapidamente, em torno de 15 dias, e o doador não sofre consequências a longo prazo.
A história de Emiliê Maria: Um caso de urgente necessidade de transplante
Emiliê Maria Garcia Cavalheiro, de apenas 1 ano e meio e moradora de Brusque, enfrenta uma batalha contra a neutropenia congênita grave, uma doença rara que afeta diretamente o sistema imunológico. A condição faz com que seu corpo produza uma quantidade insuficiente de neutrófilos — células essenciais para combater infecções. Como resultado, Emiliê está vulnerável a infecções graves desde os primeiros meses de vida.
Para a pequena Emiliê, a única chance de cura é um transplante de medula óssea. No entanto, o processo de encontrar um doador compatível é muito difícil, e a chance de sucesso é de apenas 1 em 100 mil. Por isso, a mobilização da comunidade de Brusque e região é vital para salvar a vida dessa menina.

Pequena Emiliê Maria Garcia Cavalheiro, de 1 ano e meio
Como ajudar: Participe da campanha de doação de medula óssea
A campanha pela vida de Emiliê Maria está sendo apoiada pela Rádio Araguaia FM e outras entidades locais. Se você tem entre 18 e 35 anos e está disposto a fazer a diferença, é possível se cadastrar como doador de medula óssea. No sábado, 7 de junho, haverá transporte gratuito para o HEMOSC, onde as doações serão coletadas. A saída será às 7h da Policlínica de Brusque, e é necessário fazer o agendamento pelo número (47) 9 8434-0856.
Cada doador registrado pode ser a chance para a cura de Emiliê, já que a possibilidade de encontrar uma medula compatível é extremamente baixa. Ao se cadastrar, você estará fazendo a diferença na vida de Emiliê e de muitas outras pessoas que aguardam por um transplante.

Pequena Emiliê junto com a Dra. Laiza Brose, do Hospital Imigrantes de Brusque
Como a doação pode salvar vidas
O transplante de medula óssea é a única esperança de cura para pessoas como Emiliê. A doação é um ato de empatia e solidariedade, e, ao participar dessa campanha, você poderá salvar não apenas a vida de Emiliê, mas também de muitos outros pacientes que aguardam uma chance de cura. Por isso, as campanhas de conscientização e ampliação do cadastro de doadores são tão importantes. Com mais voluntários, a chance de encontrar uma medula compatível aumenta, e a vida de alguém pode ser transformada para sempre.